Catadoras e catadores de materiais recicláveis são trabalhadores fundamentais para a sociedade e o planeta. Ainda assim, é escassa a informação pública organizada a respeito das condições em que vivem e trabalham. Com o objetivo de fortalecer a visibilidade destes heróis do meio ambiente, o Cataki, aplicativo sem fins lucrativos, lança um relatório com dados sobre o universo dos catadores e catadoras autônomos nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Esta pesquisa faz parte das ações de Dez Anos do Pimp My Carroça.
Coleta de catadores autônomos é 1,6x maior que a coleta oficial
A inclusão de catadores em políticas públicas de coleta seletiva e limpeza urbana é a única maneira das cidades brasileiras atingirem as metas apontadas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares). Caso contrário, haverá mais concentração de renda – dentre as poucas empresas concessionárias de serviços de coleta –, desperdício de resíduos secos passíveis de serem reintroduzidos na cadeia da reciclagem e o agravamento da situação socioeconômica dos homens e mulheres catadores.
Relatos da Catação
"A maioria olha pro catador como que a última opção que o cara tinha era essa. No olhar da sociedade não é uma escolha, mas uma falta de opção. Não é o mesmo olhar que nós temos como profissional. É um serviço digno", afirma um dos 421 catadores autônomos entrevistados para o estudo.
Trajetória profissional dos catadores
A catação de materiais recicláveis se caracteriza por diferentes momentos, níveis de complexidade e execução técnica. O início da atividade pode ocorrer com a coleta por meio de uma sacola plástica de qualquer material que possa ter algum valor, e se estende até o uso de um automóvel para coletar e transportar resíduos, além da disponibilidade de um espaço para triagem e armazenamento, o que representaria um estágio mais avançado na carreira.
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