O estrago dentro do Ibama e do ICMBio é muito pior do que a gente supunha. Encontramos um cenário de terra arrasada
Nos deparamos com uma realidade em que o ICMBio tem pelo menos 100 unidades de conservação em que não há uma alma viva. Uma situação em que os funcionários tinham que criar alguma coisa para fazer, porque não havia política para a agenda constitucional, do mandato do ministério. Os funcionários se sentiam ameaçados quando agiam de conformidade com a lei.
Quando a senhora fala em desmatamento, é desmatamento ilegal zero ou desmatamento zero?
É desmatamento zero. E aí tem uma questão que precisa ser entendida. Desmatamento ilegal é ilegal. Crime é ilegal. Agora, por mais que você se esforce, consegue que eliminar a criminalidade? Mas não se pode dizer: eu posso ter crime até 2030. Do ponto de vista da ilegalidade tem que ser zero. O desmatamento que é previsto por lei, isso é uma disputa de modelo.
E a Autoridade Climática, o que está previsto?
Será criada entre março e abril. É uma autarquia bem enxuta, de caráter técnico, dentro do Ministério do Meio Ambiente. Pensamos em buscar bons quadros no serviço público, nas universidades, valorizando a casa.
Teremos o Conselho Nacional de Mudança Climática presidido pelo Presidente da República, para deliberar sobe a política nacional de mudança climática e que fará o tema descer para a Esplanada, com o suporte executivo do Ministério do Meio Ambiente e interface com o Ministério de Relações Exteriores.
O ministério recebe de volta a Agência Nacional de Águas e o Serviço Florestal Brasileiro...
Foram criadas as secretarias de Bioeconomia e Recursos Genéticos e a Secretaria de Populações Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável.
É o presidente Lula quem está liderando a transversalidade da agenda climática e ambiental no governo
Por Daniela Chiaretti e Cristiane Agostine
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