A convite do Greenpeace, o Fantástico embarcou em um sobrevoo na região para mostrar a situação e também teve acesso a conversas de rádio trocadas entre garimpeiros.
A Terra Indígena Yanomami é a maior do Brasil. Está localizada nos estados do Amazonas e Roraima, dentro da Floresta Amazônica, e abriga 30 mil indígenas. No entanto, nos últimos quatro anos, as invasões explodiram na reserva e abriram caminho para uma nova rota do crime.
No início desta semana, a convite do Greenpeace, o Fantástico embarcou em um sobrevoo na região para registrar uma denúncia: garimpeiros construíram uma estrada clandestina de 150 quilômetros dentro da terra indígena.
"Infelizmente, o que gente presenciou na Terra Indígena Yanomami, nesse momento, é o garimpo indo para um patamar diferenciado. A chegada das escavadeiras hidráulicas dá um poder de destruição muito maior a esses garimpeiros. Nós estamos falando de um legado de destruição enorme", lamenta Danicley de Aguiar, membro da campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil.
Na quinta-feira (8), uma equipe do Ibama destruiu uma escavadeira, a quarta encontrada em apenas uma semana; é um indício do fluxo de máquinas usando a estrada aberta na floresta.
"Hoje, ali na Yanomami, a gente pode dizer, com certeza, que existe uma relação estreita entre o garimpo e as facções criminosas ali dentro. Assim que a presença da polícia se fez lá no rio, a gente observou que eles começaram a soltar fogos. Então, esse é um sinal de alerta que eles dão, típico de facção criminosa. Para poder avisar que existe ali a presença da polícia", conta Hugo Ferreira Neto Loss, analista ambiental e fiscal do Ibama.
Por Fantástico
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