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Florestas precisam de até 29 anos para se recuperar de incêndios

A pesquisa foi feita em um período de dois anos (entre 2016 e 2018) e analisou uma área de florestas presentes na região do Arco do Desmatamento na Amazônia.

Florestas desmatadas que voltaram a crescer têm sua recuperação prejudicada ao serem atingidas pelo fogo. Artigo publicado na revista científica Zoological Society of London, por pesquisadores do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e parceiros, alerta que o fogo pode comprometer serviços ambientais prestados por florestas secundárias na Amazônia. É um dos primeiros estudos a investigar o impacto do fogo na copa dessas florestas em regeneração.


Diferente das florestas primárias, as florestas secundárias são aquelas em recuperação depois de um fator externo como fogo ou desmate. Como citado no artigo, esse tipo de floresta retira da atmosfera até 1,6 bilhões de toneladas de carbono ao ano.


Segundo a publicação, as florestas secundárias em estágio tardio – isto é, as que foram desmatadas e já têm grau de regeneração – levam de 19 a 29 anos para se regenerarem depois de um desmatamento seguido de fogo. Já as florestas secundárias em estágios iniciais – as que estão começando a se regenerar – levam de 12 a 14 anos para recuperar a vegetação presente antes dos incêndios.


“As florestas secundárias exercem importantes serviços ambientais que devem ser conservados, como a captura de carbono da atmosfera. Para cumprir as novas metas de redução de emissões brasileiras e o PLANAVEG [Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa] é preciso proteger as florestas que estão se recuperando do fogo, fator ao qual elas são mais vulneráveis”, aponta Celso H. L. Silva Junior, pesquisador do IPAM e um dos autores do estudo.


A pesquisa foi feita em um período de dois anos (entre 2016 e 2018) e analisou uma área de florestas presentes na região do Arco do Desmatamento na Amazônia. O estudo integra um projeto que investiga a resiliência de florestas secundárias às mudanças climáticas.


Como foi feita a pesquisa


Para determinar o quanto as florestas haviam sido atingidas pelo fogo, os pesquisadores usaram dados coletados pelo sensor remoto LiDAR (Light Detection and Ranging). Instalado em um avião, o sensor lançou feixes de laser em áreas de floresta secundária queimadas e não queimadas.


O uso desse sensor permitiu obter dados tridimensionais, viabilizando a medição da altura das árvores, volume de folhas e outros dados da copa das florestas. Conforme Silva Junior, a análise desses dados em diferentes estágios de recuperação em florestas secundárias é o que diferencia a pesquisa e permite analisar a capacidade futura de regeneração da vegetação.


Analista de comunicação IPAM*


Foto de capa: Rini Sulaiman/Norwegian Embassy


Por Ipam.

 
 
 

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